E nem tudo é como se espera...

Vivemos numa atualidade onde é a era do descartável. Se o celular está com um defeito, joga fora e se compra outro. Se na faculdade não está como se espera, trancamos o curso e que venha outro vestibular. Se o emprego não está agradando, logo montamos um currículo e distribuímos por ai. Nas relações humanas parece que não está muito diferente, o que vejo são discussões terem como sequência um término; término de amizade, de namoro e até de casamento. Até porque é mais fácil colocar um ponto final do que tentar consertar aquilo que não vai de acordo com os planos. E aí vem a grande pergunta, somos onipotentes para predizer como algo vai encaminhar? Já diziam que tentar prever serve só para se enganar... ainda acredito nessa teoria. Poucas são as pessoas que tentam buscar uma solução para o problema que enfrentam. Não sei se a grande massa prefere o fim por medo ou fraqueza. 
É certo que o ser humano é inconstante. Somos passionais, irracionais e imprevisíveis. Atitudes e reações esperadas nem sempre se concretizam e a expectativa acumulada gera decepção, frustração. Segundo o Dicionário Aurélio, decepção significa "malogro de uma esperança; desilusão; desengano". Já frustração significa "enganar a expectativa".
Me pergunto se o grande problema das relações é a tal da expectativa. Porque tanta expectativa? Expectativa na área profissional, acadêmica, pessoal, amorosa... Expectativas e mais expectativas que quando não correspondidas já sabemos no que vai dar...
Daí acabo por acreditar que ter uma vida simples é muito complexo para nós humanos. Criar expectativas é sinônimo de ter mais emoção, viver perigosamente na incerteza e comemorar cada detalhe que corresponde a um ponto de alegria. E alguém uma vez disse algo como que sem a dor não saberíamos reconhecer o que é felicidade, e talvez por isso mesmo sem saber procuramos por alguma forma de sofrer um pouco.

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