A Chuva e eu

Aaaahhh

Assim eu derreto

Derrete, gosto de você mesmo derretida
Em forma de vapor, ou massa das nuvens
Ainda gostarei de você como gostas de chuva
Ou orvalho que molha as plantas verdes

Gosto mais da forma de orvalho
Molhar a natureza
Senti-la
Sentir o teu verde
Sentir a brisa suave
E que pode se fundir a mim

Se tu fosse uma gota de orvalho
Ia acordar de madrugada só pra estender a mão e te esperar cair em mim
Pra te ver nem que seja pela ultima vez antes de evaporar de novo

Mas se eu evaporasse, voltaria outra vez só para em ti cair

E eu ia acordar toda manhã pra te sentir

E toda manha nos encontraremos
Ao som do vento
E iluminados pelo brilho solar
Ou talvez lunar
Porque a lua traz precisões desconhecidas
Impares
Que poucos conhecem

Poderia cair também em forma de chuva
Eu gosto de tomar banho nela
Poderia ser meu arco-íres num dia de sol brilhar para mim

Eu poderia sim ser seu arco-íris, mas não garantiria o tesouro ao fim
Mas a chuva, digo-te
Posso garantir que te refrescaria momentaneamente

O tesouro já seria você guria e isso somente
E chuva nada mais quero dela alem de que caia em mim

Chuva se pudesse, com granizo
Só para você poder brincar
Se o tesouro já fosse eu, eu poderia tentar te trazer sorrisos
Se esses te alegrassem
Ou então lagrimas
Se essas de alguma forma
Lhe trouxessem o conforto
Porque lagrimas são apenas a lavagem da alma
Eu gostaria de lavar-te

Seria minhas lagrimas mais profundas
Se eu assim bebesse da chuva que seria você
Pra depois em meio a tristeza chorar-te
E ter a alma limpa, alva e renovada
Choraria por ti só pra te ter em minhas mãos
Mais uma vez antes de subir as nuvens
E pra te sorrir o conforto de quando vens
E nuca mais estaríamos sozinhos não ...

Não estaríamos sozinhos e a distancia
Que iria existir entre nós seria bela.
Pois quando eu me fosse e depois retornasse
O reencontro seria gratificante
Relembrando as primeiras gotas que caíram sobre ti

Se apaixonar pela chuva seria mesmo viver em poesia
Tecer a felicidade na cor das nuvens negras
E prever os largos sorrisos nas tempestades horrendas
Os momentos ternos no sereno frio da madrugada

A madrugada seria aconchegante, não seria fria...
Seria quente como um fundi

Seria minha companhia ao assistir a lua
E dançaria comigo ainda que sem corpo

Dançaria contigo, apreciaria a lua cheia, nova, minguante e crescente

Nos casaríamos no testemunho de uma fada
No cantar dos anjos, e badalar dos sinos
Quando eu me tornasse também parte do tempo
E pudesse ser levado pelo vento, na alvorada

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